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segunda-feira, 22 de março de 2010

UM “BURACO” DIFERENTE...

Eu acordei e abri os olhos. Nada de diferente, pois todos os dias eu acordo e abro os olhos. No entanto, fiquei uns minutos a mais na cama. Foi então que percebi que tudo era diferente.
A casa é a mesma, a cama igualmente, aquecida pelo mesmo cobertor de longos anos, o quarto com a mesma pintura e a parede estava na mesma distância de todos os dias. Aparentemente tudo era igual, mas não! Dei-me conta de que nunca foi a mesma coisa: eu nunca vivi na minha vida duas vezes o mesmo dia!!!
Comecei a perceber como a gente se engana, quando pensamos que nada muda e que as coisas são sempre as mesmas! Não! Hoje o dia é diferente de ontem e certamente amanhã será um dia diferente de hoje! Mas por quê? O que isso significa se aparentemente tudo é igual?
É como andar de bicicleta. Você pode todos os dias sair de sua casa e ir para o trabalho andando de bicicleta, ou então de ônibus. Aparentemente as ruas são as mesmas, os cartazes são os mesmos, parece que tudo é igual, mas... Não! Há muitas coisas que são diferentes.
Veja! Hoje você se deparou com um buraco que não havia ontem, e por causa disso não teve tempo suficiente para desviar do buraco e você passou por cima com a bicicleta e “quase caiu”! Amanhã você vai lembrar que neste lugar tem um buraco e você precisa tomar mais cuidado!
O ônibus atravessou a rua com o farol no vermelho e quase atropelou aquela mulher! Certamente essa mesma mulher vai tomar cuidado da próxima vez que for atravessar esta rua!
Aparentemente todas as coisas são iguais! Não! Nós inúmeras vezes nos enganamos ao pensar assim, pois na verdade, tudo é diferente! As pessoas que circulam pelas ruas, os carros, os ônibus, os caminhões, as bicicletas, os cartazes, até mesmo o ar que respiramos.
Por que os dias não são iguais? Um dia chove, no outro faz sol. Num determinado dia eu tenho que colocar um casaco por causa do frio, em outro o calor é tanto que gostaria de ir trabalhar de bermuda e camiseta!
Há dias que meu chefe chega agressivo ao serviço só porque o seu time perdeu, no outro feliz da vida porque o filho passou de ano. É... os dias nunca são iguais, mas sempre há diferenças e algumas vezes diferenças gritantes.
No livro de Salmos 90.12 o salmista assim diz: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.”
O que o salmista quis dizer com este texto? Tenho que contar quantos dias eu tenho vivido ou quantos dias ainda vou viver? Não. Na verdade o salmista quer que levemos em consideração que a cada dia temos um “buraco” diferente no nosso caminhar.
Aprendemos a viver com segurança quando levamos em conta as diferenças que vão ocorrendo ao longo da nossa vida. Essas diferenças são as provas que Deus permite termos para amadurecermos e diferenciarmos aquilo que tem valor e de coisas que são passageiras e insignificantes.
O que Deus quer é que percebamos as coisas valiosas recebidas de suas Mãos cada dia: a vida, o amor, a consideração, o significado de sermos seus filhos, o conhecimento de sua Palavra, a nossa família, os nossos filhos, nossa esposa ou esposo, nosso emprego, nossos amigos e vizinhos, nossa saúde e porque não dizer, a nossa própria vida.
Considerarmos que os dias de sol é para aquecer a terra e fazê-la produzir o alimento que nos sustenta. As chuvas que caem para amolecer a terra e alimentar as sementes. Os pássaros que cantam para tornar nossa vida mais bela.
Deus está nos ensinando que o “buraco” de hoje devemos desviar amanhã e continuar caminhando seguros como se nunca tivesse havido buraco algum na nossa vida. São as diferenças de cada dia que nos levam a meditar e a alcançar um coração sábio.
A vida, o dia a dia, é  a nossa escola divina da sabedoria!
Seja sábio! Viva cada dia! 
Durvil Ferro Rocha

Igreja do Nazareno de Indaiatuba - SP 
 

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