“TER OU NÃO TER UM MUNICÍPIO EM SANTA MARIA”… EIS A QUESTÃO !!!

Nesses últimos dias, temos assistido aqui no Sal, mais propriamente em Santa Maria, um movimento frenético em volta da questão da criação de um Município para a nossa querida vila.

Cidadãos empenhados em todos os sentidos: desdobram-se em contactos, na recolha do maior número possível de assinaturas, distribuição de panfletos com belas imagens de Santa Maria e até já está disponível na Web uma pg. sobre esse assunto. (www.cmsantamaria.org).

Está claro que Santa Maria, considerado o ex-líbris do turismo caboverdiano, vive um momento de marasmo total, precisava e precisa de uma atenção especial por parte do Governo Central, o que não está acontecendo e as medidas elaboradas tardam em sair do papel e passarem realmente à prática e estas pecam por serem tardias demais!!

A proximidade das pessoas com um Poder local, faz com que estas se sintam menos abandonadas e as necessidades da Vila continuam a ser muitas, dentre as quais: a estrada que transporta os turistas até os hotéis, precisa rapidamente ser mudada; a iluminação pública nas vias, no pontão que ainda não está em condições, no calçadão, precisam ser reforçadas; o problema do lixo; tratamento de esgotos; da rede de água e segurança das pessoas e bens. Notámos também uma abordagem agressiva por parte dos “nossos irmãos africanos” aos turistas, que tentam impingir nas ruas e praias as suas bijuterias (eu que não sou turista, sou abordada muitas vezes, quanto mais os “brancos” que nos vêm visitar em busca de tranquilidade). Para além de querermos ver essas questões resolvidas, almejámos ter espaços verdes, parques infantis, uma esquadra polícia condigna, cartório, um liceu, um Município…e muito mais.

A criação do Município da Santa Maria, para já não deverá acontecer a curto e médio prazo por muitas razões, mas, Com ou Sem Município, e para o bem de Santa Maria que tem o Estatuto especial de ser considerada a nossa vila turística em Cabo Verde, estas necessidades precisam ser suprimidas.

Mas para não perdemos esse “pouco”, que já conquistámos há que haver uma concertação grande de esforços entre o Poder central, o Poder Local e o próprio sector privado a fim melhorarmos a nossa Vila, e não tornar esta questão importante numa quezília meramente politico-partidária.

Elaborado por Lidiana Freitas (flidiana@hotmail.com)